Epilepsia
A epilepsia afeta mais de 70 milhões de pessoas no mundo.
Há 2 picos de aparecimento: em crianças e acima de 50 anos de idade.
Os tipos de crises epilépticas são muito diversos. A nova classificação tenta agrupa-las em crises de início focal, ou seja, a manifestação inicial denuncia o local do cérebro onde está a causa. Estas crises podem ser perceptivas (a pessoa percebe) ou disperceptivas. Podem ser motoras como automatismos (executar ações sem querer), atônicas (perda abruta de força), clônicas (repuxos localizados), hipercinéticas (movimentos repetitivos como pedalar) e outras. Também podem ter início não motor como descargas autonômicas (arrepios taquicardia), parada comportamental (parado, imóvel), cognitivas (pensamentos diferentes) etc.
O segundo tipo é de início generalizado já comprometendo o corpo todo. De tipo motor são as clássicas crises tônico-clônicas, debatendo o corpo todo, ou abalos musculares difusos (mioclônicas), entre outras. Tem as generalizadas não motoras que são as ausências.
As crises epilépticas resultam de atividade anormal das células nervosas (neurônios) situadas na córtex cerebral. Nas focais existe um local específico onde estão estes neurônios alterados, Nas generalizadas não se identifica um foco havendo circuitos cerebrais extensos envolvidos.
Há crises que não se encaixam nestes tipos e são consideradas de início desconhecido e tem até aquelas não classificáveis.
As características das crises são obtidas pela história contada pelos pacientes e/ou familiares. Hoje os vídeos gravados no momento das crises podem ajudar muito na avaliação clínica.
Com esses dados obtidos classifica-se o tipo de epilepsia, se focal ou generalizada, porque isso tem implicação na investigação das causas e na decisão dos tratamentos.
Acima de 2/3 dos pacientes consegue remissão prolongada com medicamentos disponíveis. Tem havido uma crescente oferta de medicamentos que são melhor tolerados, com menos efeitos colaterais e menos interação com outros medicamentos que o paciente possa precisar. Também os mais recentes tem menos complicações na mulher que pretende engravidar e durante a gestação.