Fibromialgia
FIBROMIALGIA é uma condição clínica caracterizada por dor musculoesquelética difusa.
A dor é sentida no corpo todo, cujo início geralmente é no pescoço e ombros. A palpação e a movimentação são dolorosas e a pessoa tem intolerância a exercícios. As articulações podem doer também.
Pelos critérios atuais para o diagnóstico, considera-se o corpo divido em 5 regiões e deve ter dor em 4 ou em todas elas. O diagnóstico também exige mais de 3 meses de duração. Não há atrofia muscular.
Além da dor, costuma haver fadiga, fraqueza muscular, mais de manhã ou no final do dia, agravada pelas atividades habituais e exercícios.
Outros fatos podem ocorrer em porcentagem variável de pacientes: distúrbios de humor (ansiedade ou depressão), distúrbios do sono (que são frequentes e importantes), prejuízo em atenção e em funções executivas, dor de cabeça, formigamento nos membros, distúrbios gastrointestinais etc.
Exames complementares são sempre normais, mas devem ser realizados para excluir outras doenças que promovem quadro clínico semelhante. Mesmo a presença de outras doenças concomitantes não exclui a fibromialgia.
A doença é de causa desconhecida, parecendo haver um distúrbio nos centros reguladores da dor no cérebro, para onde as pesquisas estão sendo dirigidas.
O prognóstico a longo prazo é variável, havendo casos com boa resposta às medidas terapêuticas e outros em que os sintomas persistem indefinidamente.
Desde o início o médico deve esclarecer o paciente sobre a doença e instruí-lo sobre as medidas que devem ser tomadas, pois trata-se de um distúrbio que vai acompanhá-lo por tempos. Além de medicamentos, atividade física precoce, prudente e persistente faz parte do tratamento. Terapia comportamental é útil e recomendada em casos mais resistentes. Outras estratégias não-farmacológicas, que são muitas disponíveis na internet, devem ser discutidas com o paciente, sendo adotadas se tiverem algum nível de evidência favorável e não trouxerem potenciais prejuízos.