Fadiga Crônica
A SÍNDROME DA FADIGA CRÔNICA (SFC) ou ENCEFALOMIEILTE MIÁLGICA é caracterizada por intensa fadiga ou cansaço e mal estar constantes, que são agravados por quaisquer esforços físicos ou mentais, que antes eram perfeitamente tolerados pela pessoa. A falta de resistência pode vir imediatamente ou depois de horas ou dias após os exercícios com lenta recuperação.
Outras queixas frequentes nos portadores de SFC são: sono não reparador, memória fraca, cabeça ruim ao ficar de pé e dores difusas musculares ou nas juntas. O estado permanente deste quadro leva a diminuição da capacidade funcional nas atividades da vida diária e profissional.
Exames clínico e neurológico são normais na SFC, mas algumas características podem estar presentes como fraqueza geral, pressão baixa, leve taquicardia, dolorimento muscular ou das articulações, entre outros.
Exames complementares são sempre normais mas devem ser realizados para excluir doenças que promovem sintomas semelhantes. Às vezes pode haver doenças concomitantes mas que não são a causa da SFC.
A SFC não é muito frequente, estimada sua prevalência entre 0.1 a 0.7% na população, sendo que 2/3 acontece em mulheres e em pessoas mais jovens na fase mais produtiva.
São muitas as escalas de critérios diagnósticos de instituições internacionais, a mais usada é a do americano Institute of Medicine (IOM) que se aplica a casos com pelo menos 6 meses de duração.
SINTOMAS REQUERIDOS
- Redução substancial em sustentar os níveis prévios de atividades (ocupacionais, educacionais, sociais ou pessoais) com fadiga profunda que não havia antes, que está presente por pelo menos 6 meses, que não é explicada por exercícios exagerados e não é aliviada pelo repouso.
- Mal estar pós-exercícios
- Sono não reparador
Pelos menos mais 1 dos seguintes: 1. Comprometimento cognitivo 2. Intolerância ortostática
A conduta em casos de SFC inclui um diagnóstico seguro, orientação para evitar sobrecarga de exercícios, evitar estresse, momentos de repouso e medicação sintomática para aliviar as queixas principais. Uma regra geral é reduzir as atividades para 2/3 das habituais. Abordagem por terapia comportamental cognitiva é um suporte bastante benéfico.